Aluno do 8º ano de uma escola pública de Hidrolândia, no interior de Goiás, Willian não tem internet em casa e não tinha como estudar depois que suas aulas foram suspensas por causa da pandemia de coronavírus. 

Com o celular que ele mesmo comprou com o dinheiro que juntou catando latinhas por 6 meses, o garoto vai a uma praça da cidade e usa o sinal de internet de um açougue pra estudar de 2 a três horas, todos os dias. O dono da loja fez questão de liberar a senha pra Willian. "É inspirador demais pra mim", conta o propritário do açougue. 

O menino tem o sonho de ser engenheiro, físico, ou jogador de futebol. E, por isso, não mede esforços. 

Ele mora com avó em uma casa bem pequena em Hidrolândia. Dona Zilda, com 67 anos, também sonha em ver o neto se formar. "Gostaria de ver ele numa escola particular. Eu já tô tentando conseguir um curso pra ele. Mas é tudo pago. E é mais difícil pra gente", diz a aposentada.

A história de Willian viralizou na internet e mobilizou várias pessoas disposta a ajudar o garoto. 

Willian já ganhou um notebook novinho, um roteador, uma cadeira ergonômica pra estudar em sua casa e uma bolsa de estudos pra se preparar pro Enem. Além disso, uma empresa da cidade já prometeu instalar internet na casa de Willian!