Já está pronta a obra da micro usina de energia solar fotovoltaica do Complexo do Pecém. O novo equipamento levou três semanas para ficar pronto e possui 189 módulos fotovoltaicos (placas solares...
Já está pronta a obra da micro usina de energia solar fotovoltaica do Complexo do Pecém. O novo equipamento levou três semanas para ficar pronto e possui 189 módulos fotovoltaicos (placas solares) com capacidade de gerar por ano até 104.600kWh de energia elétrica, por meio da luz do sol, para o condomínio de salas do Bloco de Utilidades e Serviços (BUS), que tem o consumo médio anual de 148.896 kWh.
A instalação da nova usina se alinha com o planejamento estratégico do Complexo do Pecém de buscar cada vez mais o desenvolvimento sustentável. No novo equipamento foram investidos R$ 400 mil para resultar em uma economia de aproximadamente R$ 84 mil/ano em energia elétrica. A expectativa é que em 4,7 anos, o investimento na usina traga o retorno esperado.
"A geração de energia elétrica através de fontes renováveis já é uma realidade no nosso cotidiano, o aproveitamento enérgico através de recursos naturais é regulamentado pela norma da ANEEL nº 482, permitindo qualquer pessoa ou empresa se converter em um produtor de eletricidade a partir de energia solar em instalações de Micro (até 75 kW) e Mini Geração (até 1 MW). Ao final do período de pay-back (indicador do tempo de retorno de um investimento), o custo fixo relativo a da energia elétrica do nosso BUS será reduzido em 70%", conclui Fábio Abreu, diretor Executivo de Engenharia do Complexo do Pecém.
Além de suprir energia elétrica, o projeto também desenvolve a cultura da inovação através da utilização de uma fonte renovável de energia, melhorando a qualidade das instalações e resultando em conforto aos usuários, já que os módulos responsáveis pela captação da energia do sol foram utilizados para prover sombra em parte do estacionamento de veículos do BUS, localizado próximo ao gate 1 do Terminal Portuário do Pecém.
A instalação do novo equipamento vai ainda de encontro a resolução nº 2.650 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), que em 2012 instituiu o Índice de Desempenho Ambiental (IDA) para incentivar práticas sustentáveis através de instrumentos de acompanhamento e controle de gestão ambiental em instalações portuárias, como o Porto do Pecém.
Dentre os quatro indicadores/categorias que compõem o IDA, estão: o econômico-operacional; o sociológico-cultural; o físico-químico; e o biológico-ecológico. Os dois últimos têm por objetivo avaliar dentro das operações portuárias a gestão ambiental; a educação e saúde; o consumo de água; a qualidade do ar; o nível de ruído e a biodiversidade com o monitoramento da flora e fauna na área do porto e seu entorno.
"Dentro deste contexto destacamos que a gestão portuária sempre desenvolve o processo de gerenciamento ambiental portuário buscando por soluções que integrem a operação portuária com o meio ambiente, dando suporte para a criação de projetos adequados à legislação ambiental e definindo o planejamento estratégico operacional com o objetivo de evitar a menor interferência possível no meio ambiente. Assim conseguimos obter uma operação portuária mais eficaz e mais eficiente", afirma Ieda Passos, gerente de Meio Ambiente e Segurança do Trabalho do Complexo do Pecém.
A quantidade de CO2 poupada por conta da utilização de energia solar para esta usina foi calculada para 25,9 ton de CO2 por ano, isto equivale a redução na emissão de CO2 correspondente ao plantio de 104 árvores. Por isso, os executivos do Complexo do Pecém acreditam que a adoção de uma fonte renovável também poderá alavancar a posição do Porto do Pecém no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da Antaq.
Estacionamento para veículos elétricos
Além do estacionamento coberto com placas solares no Bloco de Utilidade e Serviços (BUS), o Complexo do Pecém possui ainda no estacionamento do seu prédio administrativo, desde o início desse ano, vaga exclusiva para veículos híbridos e elétricos com torre de carregamento padrão (plug modelo T2 - 32 amperes) e configuração compatível com veículos das principais montadoras.
"No Brasil, os primeiros veículos híbridos começaram a circular em 2007. Em Fortaleza já são vários os pontos existentes e não se observava nada na região do Complexo do Pecém. Foi aí que tivemos a ideia de implantar nossa primeira vaga para veículo sustentável. O ponto de carregamento de energia elétrica é público e representa o início de uma série de projetos e ações a serem implantadas", afirma Márcio Mamede, assessor de Qualidade e Inovação do Complexo do Pecém.