Bolsonaro fala em 'meio-termo' entre R$ 200 e R$ 600 para prorrogar auxílio até fim do ano
O auxílio emergencial pode ser prorrogado, a partir de Medida Provisória a ser editada pelo governo federal. A quinta parcela do benefício começou a ser paga na última segunda-feira, 18, e tem pr...
O auxílio emergencial pode ser prorrogado, a partir de Medida Provisória a ser editada pelo governo federal. A quinta parcela do benefício começou a ser paga na última segunda-feira, 18, e tem previsão de acabar no mês de setembro, se não for estendida para outras parcelas. Entretanto, se prorrogado, o benefício deve ter valor inferior aos R$ 600, tendo em vista que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vem afirmando que "não tem dinheiro para ficar em R$ 600". As informações são do portal de notícias do Correio Braziliense.

Segundo os cálculos da equipe econômica, cada mês de auxílio emergencial custa R$ 51,5 bilhões. Dessa forma, o governo tem estudado a possibilidade de baixar o valor do benefício para cerca R$ 300.
 

A quantia é considerada um valor intermediário entre os atuais R$ 600 e os R$ 190 do Bolsa Família, sendo valor superior também aos R$ 200 defendidos pelo ministro Paulo guedes no início da pandemia. Para a equipe, seria uma transição segura do auxílio emergencial para o Renda Brasil, que prevê R$ 250 para brasileiros de baixa renda. #

Segundo Bolsonaro, o assunto foi tratado em um café da manhã nesta quarta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio da Alvorada. O presidente da República não informou se Maia manifestou apoio à proposta.

As declarações foram dadas na cerimônia em que o presidente sancionou leis decorrentes de medidas provisórias, já aprovadas pelo Congresso, com medidas de crédito para empresas durante a pandemia. Na solenidade, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que está "estudando" a prorrogação do auxílio.

"Estamos estudando isso. O presidente estava hoje nos instruindo, exatamente, para lançar esta camada de preservação aí para frente. Evidentemente, não há recurso para pagar os R$ 600, mas o presidente disse 'olha, vamos tentar fazer o máximo possível, dentro dos recursos que temos, para ir esticando isso'".

Na terça (18), a jornalista do G1 e da TV Globo Andréia Sadi informou que parlamentares defenderam, em reunião de líderes no Senado, a aprovação de mais uma parcela de R$ 600 e uma de R$ 300.

A ideia da ala política, segundo o blog, é prorrogar o auxílio e, depois, iniciar a transição para o chamado Renda Brasil, uma espécie de Bolsa Família repaginado, mas que ainda não foi criado e precisa ser aprovado pelo Congresso.

Em coletiva no início da noite, fora da cerimônia de Bolsonaro, o vice-presidenteHamilton Mourão defendeu a discussão do tema e repetiu a tese do presidente. 

"Olha, caixa o governo não tem. O presidente deixou muito claro na cerimônia de agora que isso é dívida e dívida que tem que ser paga pelas próximas gerações. Então, tem que haver a discussão e o balanceamento disso em torno do custo-benefício", disse Mourão.

 

Teto de gastos 

 

Ao comentar os programas de crédito e auxílio emergencial, Paulo Guedes voltou a defender a necessidade de manutenção do teto de gastos. Segundo ele, a medida é importante em razão da incapacidade da classe política controlar seus próprios orçamentos. 

"O teto, na verdade, é uma trava que pressupõe a incapacidade da classe política de trabalhar seus próprios orçamentos. Na verdade, é uma abdicação à essência e à função mais nobre da política que é controlar seus orçamentos", disse Guedes. 

Segundo o ministro, é preciso também discutir o "piso" e as "paredes" do gasto público, se referindo às despesas obrigatórias do orçamento. 

"O teto sem as paredes e com o piso subindo é uma questão de tempo. Então vai ter o momento que vamos ter que enfrentar isso e travar o piso e recuperar o espaço dos investimentos públicos para as decisões corretas", declarou o ministro. 

 

Aproximação com deputados

 

Além do café com Maia no Alvorada, citado no discurso, Bolsonaro também se reuniu com deputados e senadores para um almoço no Palácio do Planalto.

Parlamentares ouvidos pela TV Globo afirmaram que não houve debate de pautas, e sim, uma "confraternização". O convite foi visto como um gesto de aproximação, e aliados do governo disseram que a ideia de Bolsonaro é fazer eventos desse tipo com maior frequência.

Valdo Cruz: almoço com deputados vai discutir prorrogação do auxílio emergencial 

A prorrogação do auxílio seria um dos assuntos da pauta prevista do almoço, como informou o jornalista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz. A ideia era dizer que o governo buscava uma saída, sem fazer compromissos. Parlamentares ouvidos após o encontro não citaram essa conversa.
Fonte: http://papelpanoticias.com.br/Publicacao.aspx?id=156196
Esta notícia é oriunda do site Papel Pã fornecida de forma pública.
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